Partindo da proposta de ética planetária de Edgar Morin (2005), bem como da “ética da realização” e as “especialidades funcionais” do método das ciências humanas e sociais propostos por Bernard Lonergan (1988), este trabalho sustenta como idéia central a impossibilidade de separar a construção do conhecimento na investigação do compromisso ético vital do pesquisador. O artigo inicia propondo os graves problemas do presente e a necessidade de uma “reforma do espírito” guiada pela educação e o papel que joga a investigação educativa na construção desta reforma profunda, caracterizando os diferentes tipos de investigação educativa no marco das “especializações funcionais” propostas por Lonergan (1988) e enfatizando a necessidade de compreender que a construção de conhecimento sobre a educação não pode estar separado da ética do profissional da investigação educativa. A partir desta relação, explicita-se a visão de uma ética humanista complexa e as fontes de tensões e contradições éticas que enfrenta o pesquisador em sua prática profissional. Conclui-se afirmando que o pesquisador educativo requer de uma consciência explícita da relação entre conhecimento e ética em seu afazer profissional e da inevitabilidade destas tensões e contradições para cumprir com os dois compromissos fundamentais que lhe propõe esta mudança de época: O compromisso com o conhecimento que o leve a um exercício contínuo para “pensar bem” e o compromisso vital com o “bem humano em construção” através da contribuição ao melhoramento da qualidade da Educação. Complexidade, investigação educativa, prática profissional, ética planetária, compromisso vital.
Palavras Chave
Ética, investigação educativa, competencia profissional, ética planetária, qualidade da educação.
López, M. (2011). Conocimiento y Compromiso Cital. Los Desafíos de la Ética Planetaria en la Práctica Profesional de la Investigación Educativa
. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 9 (2), pp. 24-44.
http://www.rinace.net/reice/numeros/arts/vol9num2/art02.pdf. Consultado el (Fecha).
