Muitas foram as razões que me levaram a elaborar uma proposta de intervenção educativa para contextos interculturais, mas sobretudo una me conduziu a pensar na autoria infantil indígena. Como seriam as condutas dos meninos, suas reações se eles fossem os autores de suas próprias realidades? Que efeitos provocaria o ter a palavra e a voz para falar do território que os viu nascer? De que forma o fariam? Com que entrega e disciplina? Como reagiriam (cognitiva e humanamente) os meninos nahuas do centro de México frente a outros meninos de povos similares, mas também frente a meninos da cidade ao entrar em contato. Que diriam eles que nós não vemos sobre seus mundos desde ocidente? Abrir o mosaico de interlocutores era importante porque simularia o diverso e complexo contexto mexicano. Abordaríamos temas sociais e escolares neste intercâmbio dinâmico e real. Seus resultados abriram uma janela a quem trabalhamos em educação intercultural. 

Educação intercultural, metodologias colaborativas, autoria infantil indígena, interaprendizaje, representações sociais.