|
|||||
.2010 - Volumen 3, Número 1 (e).
|
|||||
Avaliação da Docência, Autonomia e Legitimidade na Universidade |
|||||
José Gregorio Rodríguez | |||||
.Resumo | |||||
No marco da investigação em curso, Autonomia e legitimidade da educação superior em América Latina, um estudo comparado que adianta um grupo de professores da Universidade Nacional de Colômbia, a análise da incidência que as políticas e práticas de avaliação da docência tiveram na autonomia e a legitimidade das universidades públicas, constitui o tópico central desta conferência. A multiplicidade de funções que a sociedade de fins de século atribuía às universidades públicas gerou algumas contradições que qualificavam três tipos de crises: de hegemonia, de legitimidade e institucional (Santos, 2006) que incidem na autonomia universitária, a que pode ser rastreada ao redor de dois eixos de tensão: a produção de sentidos sociais e societales ou a formação da força de trabalho e geração de mercadorias cognitivas (Múnera, 2008). Desde este marco de análise, procura-se caracterizar como a avaliação e o credenciamento afetam a autonomia e a legitimidade em algumas universidades da região. A “compulsão da avaliação” como rasgo característico das atuais políticas de modernização vinculadas às práticas de financiamento, desarticuladas a seu interior, com uma visão técnica e pouco conceitual e na que se cancelou sua dimensão pedagógica (Díaz-Barriga, 2008: 30-31), converteu num fetiche à avaliação nas universidades públicas (Granovsky, 2003), porquanto se usa mais como instrumento de informação e controle que como integrante de processos de melhoramento individual, coletivo e institucional (Rodríguez, 2008). Para legitimar-se e responder às exigências do mercado e dos governantes, a universidade pública recorre a um refinamento cada vez maior da informação que fornece, ajustando-se a requerimentos externos e perdendo assim sua autonomia. A avaliação da docência não escapa a esta dinâmica. Ao centrar-se principalmente em aspectos trabalhistas e econômicos das relações entre as pessoas naturais e as instituições, tanto os processos como os conteúdos, orientam-se para uma valoração do indivíduo sem constituir um aporte significativo para o desenvolvimento pessoal e institucional. Assim mesmo, ao separar a avaliação da docência da avaliação integral das outras funções acadêmicas, institucionais e cidadãs dos professores universitários não contribui a fazer da valoração do desempenho um assunto vital para professores e universidades; senão que, pelo contrário, agudiza as segmentações que já de por si propiciaram o Estado e o mercado e a converte num ritual vazio (Rodríguez, 2008). |
|||||
.Palavras chave | |||||
Avaliação da docência, autonomia, legitimidade, universidade pública. |
|||||
.Texto Completo | |||||
Texto Completo em HTML | |||||
Texto Completo em PDF a | |||||
.Referência | |||||
Rodríguez, J.G. (2010). Evaluación de la Docencia, Autonomía y Legitimidad en la Universidad.Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, 3 (1e), pp. 21-36. |
|||||