Mª Antonia Casanova

O artigo propõe um modelo de avaliação que favorece a educação inclusiva como a única válida para as sociedades democráticas. Democracia é inclusão. No momento atual os procedimentos tradicionais de avaliação promovem a homogeneização da população ao não respeitarem suas diferenças singulares, cada dia mais reconhecidas e valorizadas como elementos de enriquecimento social. Dessa forma, exclui-se do sistema, primeiro escolar e depois social, uma grande parcela da população que não se ajusta aos padrões de rendimento acadêmico, sem se considerar o progresso que a educação deve produzir nas múltiplas capacidades que cada pessoa possui. A incorporação das competências básicas nos sistemas educativos atuais reforça a ideia de introduzir várias técnicas e instrumentos para avaliar os avanços do aluno, especialmente na educação obrigatória. Entende-se que a avaliação, como elemento curricular decisivo, deve contribuir de modo eficaz para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem e, em consequência, da qualidade da educação para todos. Após se realizar um levantamento de situações problemáticas das instituições educativas na atualidade, devidas em boa parte à avaliação aplicada, faz-se uma reflexão sobre as incidências das avaliações externas no funcionamento das escolas inclusivas.

Educação inclusiva, avaliação contínua, avaliação formativa, desenho universal de avaliação, currículo inclusivo.